segunda-feira, 5 de abril de 2010

Projeto 2 - Modelos leves e custos em escala

A Web 2.0, ao contrário da Web 1.0, conta com a política de participação do usuário. Com o intuito de obter a integração e a colaboração do usuário de uma forma mais simples, é fundamental a utilização de modelos leves de programação.

Uma vez que o programa tenha uma estrutura simples que permita o fácil entendimento do usuário, passa a ser atrativo, por iniciativa do próprio usuário, aprimorar o programa ou criar novos aplicativos utilizando a tecnologia já desenvolvida. Dessa forma o aplicativo desenvolvido tende a ser utilizado por mais pessoas, pois o reuso dos componentes se torna simples.

Quanto mais pessoas utilizam a aplicação desenvolvida, o custo dela torna-se progressivamente menor, pois ela é desenvolvida apenas uma vez. Com isso, obtêm-se custos em escala.

Algumas pessoas questionam esse modelo de negócio argumentando que ele gera prejuízo ao desenvolvedor uma vez que vários usuários tiram proveito do seu trabalho. Segundo a Lei da Conservação de Lucros, de Clayton Christensen, em um ambiente de rede APIs abertas e protocolos padrões vencem. Entretanto, isso não significa que a idéia de vantagem competitiva vá embora, mesmo porque a Web 2.0 traz consigo formas diferentes e inovadoras de monetização. Essa ideia é utilizada hoje com sucesso no marketing viral, por exemplo.

Os desenvolvedor que segue o princípio de custos em escala tendem a ter mais ganhos relacionados com a abertura do que perdas.

Outro ponto a ser destacado na obtenção de custos em escala é o emergente crescimento do uso de modelos de negócios sindicalizados. Sindicação envolve a venda do mesmo produto para vários consumidores, que o integra a outras ofertas e as redistribuem. Tal prática é muito comum no mercado do entretenimento e da informação. Por exemplo, cartonistas comercializam tiras de quadrinhos para jornais, cujos produtores por sua vez também compram artigos de colunistas sobre diversos assuntos, e vende tudo como um único produto, que é o próprio jornal.

O próprio caráter integrador da Web tem permitido a expansão de produtos sindicalizados para o e-negócio. Um exemplo que pode ser citado é E*Trade, uma companhia que oferece aos seus clientes uma ampla variedade de informação, como notícias financeiras, cotações de bolsas, gráficos e pesquisas. O E*Trade não produz todo esse conteúdo (o que resultaria em elevados custos) e sim os compra de diferentes provedores externos, como o Reuters para notícias e o BigCharts.com para os gráficos. A integração de todo esse conteúdo externo reduz os custos e acaba sendo produtivo não apenas para o E*Trade como para seus fornecedores.

O mapa conceitual da Web 2.0 pode ser visto no próximo post, em http://grupohasoso.blogspot.com/2010/04/mapa-conceitual-web-2.html



6 comentários:

  1. De fato os custos de tal investimento só serão minimizados na medida em que as pessoas passarem a utilizar a ideia via web.
    A construção de conteúdo compartilhada caracteriza bem o novo enfoque da web 2.0.

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  2. A tendência vinda com a Web 2.0 é a de que programar será uma tarefa predominantemente de integração de serviços disponíveis, de acordo com as suas necessidades. Particularmente não vejo isso como um retrocesso ("nada se cria, tudo se copia...") ou uma atitude de simples plágio. É uma RENOVAÇÃO da arte de programar. Os custos serão gradativamente menores, dependendo apenas da aceitação do paradigma da nova maneira de fazer as coisas, como salientou nosso amigo Paulo no post acima.

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  3. Realmente, se uma unica aplicação pode ser utilizada pelos mais diferentes grupos de pessoas, como por exemplo, usuarios de mobile e desktop... o custo é reduzido em escala... afinal, basta apenas uma implementaçao para atingir a maior "fatia" da populaçao.

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  4. O texto realmente destacou os princípios da Web 2.0 de forma correta. O fato que mais me chamou a atenção foi o exemplo citado sobre o E*Trade.
    Outro detalhe que gostaria de comentar é sobre o mapa conceitual. Achei o mesmo bastante completo e acredito que seja o melhor que já vi até hoje para a descrição da Web 2.0.

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  5. De fato é importante destacar o crescimento no mercado de informação do uso de modelos de negócio que só incrementam a utilização da web 2.0

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  6. Muito boa explicação/exemplificação do princípio, tendo em vista:
    Preços e lucros de tecnologias e negócios em escala.
    Modelos de negócios sindicalizados.
    Marketing viral.

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